28.3.07

De Francisco José Viegas, vale a pena ler

«Salazar, Salazar.
Outra questão de vida ou morte, segundo parece: a recente vitória póstuma do dr. Salazar não é a primeira. Agradecia que os sociólogos não me maçassem tanto com questões ideológicas tão definitivas como a do triunfo do salazarismo através do televoto. Salazar ganhou o concurso porque é um concurso televisivo; e Cunhal ficou em segundo lugar porque é um concurso televisivo. Os militantes votaram. Mas no caso de Salazar há vários factores. Em primeiro lugar, contou o facto de não ter sido incluído na lista inicial da RTP, claro que contou – e claro que se tratou de censura involuntária. Em segundo lugar, foi tanta a gritaria contra o velho beirão, que as pessoas se irritaram. Em terceiro lugar, foi um voto de protesto (sei que é banal dizer isso, mas não há como fugir à questão). Tirar conclusões acerca de um concurso televisivo? Claro que pode fazer-se. Dá uma imagem do país? Dá. Perguntem às esquerdas que agora protestam o que fizeram de verdade para impedir essa imagem salazarenta do país.
Mas, fora isso, o caso mais surpreendente vinha no JN de domingo: uma repórter foi ao Parlamento perguntar aos deputados da nação em que figura eles votavam: “não responder foi a forma hábil e prudente de a maioria dos deputados evitar entrar em polémicas”, escreve a jornalista – ou, então, eleger o “povo português”... Ora, por que razão não respondeu a maioria dos deputados a essa pergunta simples e banal? Para não se comprometerem. Quase quinhentos anos depois da Inquisição, quarenta anos depois de Salazar, trinta anos depois do 25 de Abril, “não se comprometer” é ainda o melhor – por causa do medo. Por causa do receio em arriscar, em ter uma opinião (mesmo que errada, mesmo que depois se mude), em ser confrontado com outras opiniões. FJV (aqui
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Eu só discordo quando diz que é pelo medo do confronto com outras opiniões. Acho que é pelo medo da perseguição, que existe de verdade para quem tem opiniões diferentes, mesmo que ela seja subtil.

27.3.07

Gilberto Gil em Aveiro

Gilberto Gil na Reitoria da Universidade de Aveiro, 15/12/2007
(fotografia de Ângelo Eduardo Ferreira)

Dizem que é uma espécie de engenheiro...

Parece que houve por aí uns quantos puros que não gostaram da notícia do Público sobre o curso do 1º Ministro. Por que será? Não vejo nenhum problema em um jornal investigar aquilo que já corria como rumor na net. Se não houver razões para tal rumor, podem crer, as coisas ficam claras rapidamente. Agora eu não entendo é o tom de donzelas ofendidas na honra que alguns querem adoptar. Não vejo onde...
Era saudável que este filme, sim, porque já ninguém tem dúvidas que há aqui filme, fosse esclarecido. Parece que a série tem mais episódios, assim à moda do Lost, que nunca mais acaba e nunca se percebe o fim...
Vamos ver...

21.3.07

Boas notícias

Foto: Reuters
O mapa português da Austrália
(in Público)


Este mapa marítimo do século XVI da costa Este da Austrália, pertencente a uma biblioteca de Los Angeles, prova, segundo um livro recentemente publicado, que os portugueses foram os primeiros europeus a descobrir aquele país, antes de britânicos e holandeses como se pensava. Em "Beyond Capricorn", o jornalista Peter Trickett explica que este mapa é a peça do puzzle que faltava para provar que Cristovão de Mendonça chegou à Botany Bay com uma frota de quatro navios em 1522, quase 250 anos antes do capitão britânico James Cook. O mapa descreve com precisão e em português vários locais ao longo da costa Este australiana.
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The Portuguese Map of Australia
This maritime map of the 16th century of the west coast of Australia, that belongs to a library in Los Angeles, proves, according to a book recently edited, that the portuguese were the first europeans to arrive there, before dutches and british as we though. "Beyond Capricorn, written by Peter Trickett explains that the map is the last peace of a puzzle that proves that Cristóvão Mendonça arrived at Botany Bay with 4 ships in 1522, almost 250 years before James Cook. The map describes the coast with precision (in portuguese).
(my translation)

Boas notícias

Convite directo de Leonor Beleza
20.03.2007 - 22h31 Teresa Firmino
Nobel James Watson vai presidir ao conselho científico da Fundação Champalimaud
O cientista norte-americano James Watson, prémio Nobel de Medicina e um dos descobridores da estrutura da molécula de ADN, vai presidir ao conselho científico da Fundação Champalimaud, um órgão de aconselhamento.

20.3.07

Bolsas e concursos

o jornal UA_online tem uma interessante secção sobre concursos e bolsas.

Cor de Mar


Este projecto de fazer bonecos de pano e afins para crianças, com tanto prazer, dedicação e amor, levado a cabo pela minha irmã Ana Marisa Ferreira, merece o meu total apoio e elogio. O que é belo, bem feito, com originalidade e empenho, deve merecer uma palavra e um gesto - aqui fica, mais uma vez, o meu.

7.3.07

A Origem das Espécies

Deixo aqui um belo texto do Francisco José Viegas que não podia senão divulgar na íntegra, mas o melhor mesmo é ver o post original (além do mais traz fotografias, lindas!)
«A tolerância. As ementas de Sunday brunch. Os parques. O taxista caboverdiano Joseph Santos. Os restaurantes de onde se vê Manhattan ao longe. As estradas entre florestas. As cidades «do mar» entre NY e Rhode Island, Newport incluída. Georgetown, a M Street e o bar Nathan’s (e as longas conversas tardias com o Nuno M.P.) em Washington. O The Sports na 7ª Av, em NY. A comida que recupera os sabores de infância com níveis de colesterol médios e ovos cozinhados de todas as maneiras. O prime rib steak. As batatas novas salteadas com alho. As smoker’s stations à porta dos aeroportos, que evitam que os passeios estejam sujos de beatas. Onésimo Teotónio de Almeida. Bagels. Barnes & Noble. Os saldos de 50% das livrarias. Os saldos de 60% na livraria da Brown, em Thayer Street. A mania de proteger as árvores. O arquivo de jazz da Rutgers University e a vitrina onde está o trompete verde de Miles Davis. Sanduíche de pastrami em pão de centeio e batatas fritas passadas por alho, farinha de milho e ervas. A tolerância com que os americanos aturam as ideias feitas dos europeus sobre o seu país. A Brown University – com as suas bibliotecas abertas de noite, os casarões ocupados por estudantes, os relvados, as árvores e o Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros. O túmulo de H.P. Lovecraft, que hei-de ver da próxima vez. As cores, o cheiro dos livros, as sombras (e a multiplicação dos misteriosos exemplares de Lives of the English Poets, de A Journey to the Western Islands of Scotland, de Samuel Johnson e de Life of Johnson, de Boswell), as cadeiras nos recantos mais inesperados da Athenaeum (a quarta mais antiga biblioteca dos EUA, em Providence – que Edgar Allan Poe frequentava). E, já agora, não muito longe, a tranquilidade da John Hay Library, e a beleza da John Carter Brown Library. A pluralidade racial. As capas dos livros, os saldos dos livros, os livros. As public libraries. A mercearia do Sr. Pedroso, no velho bairro português de Providence. Os pequenos-almoços suculentos e cheios de colesterol. As melhores cervejas do mundo, da Sierra Nevada à Sam Adams (Nut Brown ou Triple Bock), da Leinenkugel à Breckenridge, da McNeill’s à Anchor Steam. O hábito de dizer how are you? como cumprimento. Os estrangeiros que são americanos. Os americanos tranquilos. O sistema de financiamento dos estudos universitários. R.W. Emerson. Os restaurantes, o Cliff Walk, a pequena Touro Synagogue e as mansions (The Breakers, Marble House, Rosecliff) de Newport. O comandante do avião que atravessou a pista de Albany a correr, no meio da neve, para arranjar água para os passageiros do avião (que tinha sido desviado por causa do mau tempo). Chávenas de clam chowder. Onésimo outra vez. Cape Cod ao longe.»

AAUAv presta homenagem a Luandino Vieira

(fotografia de Luandino Vieira: ua_online)

Depois do Prof. Júlio Pedrosa, a AAUAv atribui, esta quarta-feira, 7 de Março, às 17h30, ao escritor angolano Luandino Vieira o título de Sócio Honorário. A cerimónia, seguida de palestra, decorre no Auditório da Casa do Estudante. (mais)

Exemplos a seguir?

Colleges and universities took in $28 billion in charitable contributions in 2006, up 9.4 percent from the year before...

Top 20 Institutions in Private Gifts Received, 2006


Institution 2006 Total

Stanford U. $911,163,132
Harvard U. 594,941,000
Yale U. 433,461,932
U. of Pennsylvania 409,494,598
Cornell U. 406,228,837
U. of Southern California 405,745,421
Johns Hopkins U. 377,336,025
Columbia U. 377,276,204
Duke U. 332,034,301
U. of Wisconsin at Madison 325,938,048
U. of California at Los Angeles 319,580,552
U. of Washington 316,251,912
New York U. 279,918,813
U. of Minnesota 266,991,894
Northwestern U. 253,401,792
U. of Michigan 251,476,551
Indiana U. 247,520,018
U. of California at Berkeley 245,966,241
U. of Chicago 237,117,399
U. of North Carolina at Chapel Hill 236,579,182

Top 5 Community Colleges in Private Gifts Received, 2006

Ivy Tech State College $15,349,718
Indian River Community College 15,222,667
Maricopa Community College District 11,281,013
Santa Rosa Junior College 7,209,931
SUNY Westchester Community College 6,593,877

fonte: Inside Higher Education

2.3.07

Vale a pena dar um salto

Alfinetes de Dama in Cor de Mar

BONS SINAIS, MAUS SINAIS

Ensino superior
Número de doutoramentos mais do triplicou nos últimos oito anos
02.03.2007 - 08h56 Andrea Cunha Freitas in PÚBLICO

O número de doutoramentos em Portugal cresceu mais de 220 por cento entre os anos lectivos de 1997/98 e 2005/06. As licenciaturas continuam a ser o curso mais procurado, mas sofreram uma quebra nos últimos quatro anos. (ler mais)