1.6.06

Timor-Leste: textos importantes

Timor-Leste: Novo grupo de militares da Nova Zelândia chega a Díli
Lisboa, 31 Mai (Lusa) - Um grupo de 123 militares da Nova Zelândia cheg ou hoje a Díli para integrar a força internacional que se encontra em Timor-Lest e a pedido das autoridades timorenses para pôr fim à onda de violência no país. "A partir de hoje, temos 180 efectivos em Timor-Leste", disse a tenente Barbara Cassin, porta-voz das forças neozelandesas em Díli, contactada telefoni camente pela Lusa. "Vamos trabalhar em conjunto com as forças australianas e de outros paí ses para restabelecer a segurança e a paz em Timor-Leste", referiu, acrescentand o que os militares neozelandeses vão participar em patrulhas em Díli e garantir a segurança em diversos locais da capital timorense. A embaixadora da Nova Zelândia em Díli, Ruth Nuttall, deslocou-se ao ae roporto de Comoro para receber os militares neozelandeses. As autoridades de Timor-Leste solicitaram ajuda militar e policial à Au strália, Nova Zelândia, Malásia e Portugal para repor a lei e a ordem em Díli, d epois de vários dias de violência de que resultaram cerca de duas dezenas de mor tos, 70.000 deslocados e a pilhagem e destruição de diversas habitações e edifíc ios públicos. Portugal vai contribuir para a força internacional com 120 militares da GNR, cuja partida para Timor-Leste está prevista para quinta-feira. A Austrália já enviou para Díli cerca de 1.800 militares e meia centena de agentes da polícia federal, enquanto que a Malásia tem no terreno entre 200 e 250 efectivos. Timor-Leste, em particular Díli, vive uma situação de violência desde o final de Abril, depois de cerca de 600 soldados terem sido desmobilizados das F alintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), após protestos contra alegados actos de discriminação étnica por parte dos superiores hierárquicos. A crise agravou-se com a deserção de efectivos das F-FDTL e da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) e após confrontos entre elementos das duas forças e grupos de civis armados, as autoridades timorenses solicitaram a intervenção de uma força internacional para repor a ordem. Terça-feira, após uma reunião de dois dias do Conselho de Estado, o pre sidente timorense, Xanana Gusmão, anunciou ter assumido a responsabilidade pelas áreas da defesa e segurança e decretou medidas de emergência para restabelecer a lei e a ordem, que incluem a confiscação de armas. Numa comunicação ao país, Xanana Gusmão disse ainda que aconselhou o pr imeiro-ministro, Mari Alkatiri, a demitir os ministros da Defesa, Roque Rodrigue s, e do Interior, Rogério Lobato. Uma reunião do Conselho Superior de Defesa e Segurança (CSDS) de Timor- Leste que estava prevista para hoje, em Díli, foi entretanto adiada indefinidame nte, tendo uma fonte governamental afirmado à Lusa que há um "braço de ferro" en tre Xanana Gusmão e Mari Alkatiri. "Há um 'braço de ferro' entre o presidente e o primeiro-ministro porque Xanana Gusmão quer que os dois ministros que aconselhou que sejam demitidos, se jam exonerados antes e não participem na reunião" do CSDS, disse a fonte governa mental, que preferiu não ser identificada. Timor-Leste esteve ocupado pela Indonésia entre 1975 e 1999, tornando-s e independente a 20 de Maio de 2002, após cerca de dois anos e meio em que as Na ções Unidas administraram o país. PNG. Lusa/Fim

1 comentário:

Anónimo disse...

Great site loved it alot, will come back and visit again.
»