31.8.06

Richard Zimler sobre a persistência - a ler

"When I had the final manuscript in my hands, I thought that the hard part was over. I had already secured an American literary agent, who had contacted me after reading one of my short stories in the magazine Puerto del Sol and signed me on after reading a draft of my novel. He began submitting the book to U.S. publishers, one at a time. Each usually took about two months to respond. By the end of 1994, 24 of them, including all the major houses, had turned the book down. Most said that they had liked what they'd read, but that their marketing departments didn't believe the book would actually sell. Some editors said this openly; others intimated it. Lisbon in 1506 might as well have been Mars. One editor even went so far as to say that he enjoyed my novel but had already bought his "Jewish book" for the year.
So there I was with nothing to show for three years of work and two years of waiting. And though I had started another novel, I began each morning by finding myself awake far too early and filled with dread. I started doubting my writing and my pursuit of the writing life.
At that point, I very easily could have abandoned my hopes for publication. Indeed, the idea was suggested to me on more than a few occasions. What saved me, I now realize, is that I believed deeply in the book and felt that I owed it to the story, if not myself, to keep trying. And I happen to think that that particular sense of debt I felt to my work was the key to my persistence. You must envision your novel as an entity in itself, a work that you, as its author, need to promote toward publication, no matter the obstacles and knowing full well that you might not get help from anyone else.
(continue a ler em Escritas e Livros ou Poets & Writers)

RETRATO - NOVO BLOG

Retrato a grafite de Anabela

Veja mais no blog Retrato, um blog que, como o próprio nome indica, é dedicado ao retrato. Poderá fazer a sua encomenda directa e de forma fácil.

30.8.06

Lusofonia

EUA concluem que Portugal não esteve envolvido na morte de Amílcar Cabral
(fonte: Expresso)

Menos de um mês após o assassínio do dirigente histórico do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Amílcar Cabral, os Estados Unidos concluíram que Portugal não esteve directamente envolvido na sua morte. A conclusão foi revelada através de documentos oficiais tornados públicos esta semana em Washington.
De acordo com a agência Lusa, os documentos incluem telegramas, minutas de reuniões ao mais alto nível do governo norte-americano e ainda propostas sobre a política a seguir por Washington face à deterioração da situação militar na Guiné-Bissau e Moçambique.
Amílcar Cabral foi assassinado a 20 de Janeiro de 1973 em Conackry e a 01 de Fevereiro aqueles serviços do Departamento de Estado emitiram um relatório onde referiam: «a maior parte dos sinais indicam (que o assassínio de Cabral) foi resultado de um feudo entre mulatos das ilhas de Cabo Verde e africanos do continente», acrescentando contudo «haver sinais de envolvimento português».
Os documentos revelam ainda que a diplomacia norte-americana se encontrava a par de planos do PAIGC de declarar a independência da Guiné-Bissau nas zonas libertadas do território (o que veio a acontecer em Setembro de 1973) e ainda que, face à deterioração da situação militar, Portugal esteve envolvido em contactos com representantes do movimento de libertação nesse ano. Um estudo dos Serviços de Informações e Investigação do Departamento de Estado datado de 5 de Outubro de 1973 diz que o PAIGC controlava na altura «aproximadamente um terço do território» e avisa que o PAIGC irá pedir a adesão do pais à ONU «ainda este ano ou no próximo».
Em Dezembro de 1973, o então secretário de Estado, Henry Kissinger, presidiu a uma reunião em que a situação na Guiné foi discutida e em que Kissinger e outros destacados funcionários manifestaram a sua irritação face à inflexibilidade de Portugal na questão colonial. No encontro o então sub-secretário de Estado para questões políticas, William Porter queixa-se amargamente que «o problema é que eles (os portugueses) não nos dão nada com que possamos trabalhar. Não nos dão nada para que os possamos defender. Não nos dão uma única coisa. Falam muito», disse Porter. Kissinger afirma a certa altura que «não há solução excepto tirar-lhes (os territórios)».
Cinco meses depois o golpe de Estado de 25 de Abril de 1974 evitou que Washington tivesse que tomar uma «decisão política» quanto às colónias portuguesas.
~

Alfredo Reinaldo foge da cadeia (Díli)

O major Alfredo Reinaldo fugiu da cadeia de Díli, onde se encontrava desde que a GNR o surpreendeu com armas ilegais, tendo-se seguido a sua prisão pelos militares australianos.
O tipo tinha advogados e tudo, mas agora, este santo homem que foi o herói da queda do primeiro-ministro Alkatiri, "um defensor do povo", decidiu fugir à justiça! Porque será?
E fica mais uma pergunta para os entendidos: quem o ajudou?

28.8.06

Frases para pensar

«Um dia, numa aldeia no meio do mato, encontrei uma mulher, que sem o saber, explicou assim este trabalho:
Às pessoas custa perceber que a força das mulheres é um mistério.»
Sónia Frias - «Mulheres na Esteira, Homens na Cadeira»?. ISCSP-UTL, Lisboa, 2006.

27.8.06

Fotografias de Timor





O Agostinho fez-nos o favor de partilhar mais algumas fotografias da paisagem assombrosa de Timor.

Saudades de Timor




Hoje, dois acontecimentos para me matar as saudades enormes de Timor. Recebo um conjunto de fotografias de amigos enviadas pelo Eng. Agostinho Ribeiro, antigo aluno da UNTL, e janto um manjar belíssimo preparado pelo meu primo Gil que vive na Reunião e trabalha em Sakhalin (!) e pela sua mulher, natural da Ilha da Reunião. Embora a cozinha não seja a mesma, os cheiros, alguns sabores, as especiarias... Só faltou o calor, porque a noite estava um pouco fresca. Mas jantámos na rua. Ai Timor! Gente boa!

25.8.06

Morrer a Trabalhar

O blog Morrer a Trabalhar está fazer um excelente trabalho na promoção da Segurança no Trabalho. Vale a pena dar um saltinho. Aproveite para ver este vídeo didáctico bem divertido.

24.8.06

24 de Agosto



Parabéns! E obrigado.

Poesia na rede

Texto auto-biográfico de Fernando Pessoa

Fernando Pessoa por ele mesmo

Nota biográfica escrita por Fernando Pessoa em 30 de Março de 1935 e publicada, em parte, como introdução ao poema editado pela Editorial Império em 1940 e intitulado: "À memória do Presidente-Rei Sidónio Pais")
~
Nome completo: Fernando António Nogueira Pessoa

Idade e naturalidade: Nasceu em Lisboa, freguesia dos Mártires, no prédio nº 4 do Largo de S. Carlos (hoje do Directório), em 13 de Junho de 1888.

Filiação: Filho legítimo de Joaquim Seabra Pessoa e de D. Maria Madalena Pinheiro Nogueira. Neto paterno do General Joaquim António de Araújo Pessoa, combatente das campanhas liberais, e de D. Dionísia Seabra; neto materno do Conselheiro Luís António Nogueira, jurisconsulto, e que foi director-geral do Ministério do Reino, e de D. Madalena Xavier Pinheiro. Ascendência geral - misto de fidalgos e de judeus.

Profissão: A designação mais prórpia será "tradutor", a mais exacta a de "correspondente estrangeiro em casas comerciais". O ser poeta e escritor não constitui profissão, mas vocação.

Funções sociais que tem desempenhado: Se por isso se entende cargosn públicos, ou funções de destaque, nenhumas.

Obras que tem publicado: A obra está essencialmente dispersa, por enquanto, por várias revistas e publicações ocasionais. O que, de livros ou folhetos, considera como válido, é o seguinte: "35 Sonnets" (em inglês), 1918; "English Poems I-II" e "English Poems III" (em inglês também), 1922, e o livro "Mensagem", 1934, premiado pelo Secretariado de Propaganda Nacional, na categoria "Poema".

Educação: Em virtude de, falecido seu pai em 1893, sua mãe ter casado, em 1895, em segundas núpcias, com o Comandante João Miguel Rosa, Cônsul de Portugal em Durban, Natal, foi ali educado. Ganhou o prémio Raínha Vitória de estilo inglês na Universidade do Cabo da Boa Esperança em 1903, no exame de admissão, aos 15 anos.

Ideologia política: Considera que o sistema monárquico seria o mais próprio para uma nação orgânicamente imperial como é Portugal. Considera, ao mesmo tempo, a Monarquia completamente inviável em Portugal. Por isso, a haver um plebiscito entre regimes votaria, embora com pena, pela República. Conservador do estilo inglês, isto é, liberal dentro do conservantismo, e absolutamente anti-reaccionário.

Posição iniciática: ...........................................

Posição patriótica: Partidário de um nacionalismo místico, de onde seja abolidatoda infiltração católica-romana, criando-se, se possível for, um sebastianismo novo, que a substitua espiritualmente, se é que no catolicismo português houve alguma vez espiritualidade. Nacionalista que se guia por este lema: "Tudo pela Humanidade; nada contra a Nação."

Posição social: Anticomunista e anti-socialista. O mais deduz-se do que vai dito acima.

Resumo destas últimas considerações: Ter sempre na memória o mártir Jacques de Molay, Grão-Mestre dos Templários, e combater, sempre e em toda a parte, os seus três assassinos - a Ignorância, o Fanatismo e a Tirania.

Lisboa, 30 de Março de 1933
~

21.8.06

Cartas de Díli (comentários)

Os laços históricos que nos unem a Portugal foram aprofundados durante os anos negros em que o povo Português esteve conosco na mesma trincheira de luta pela nossa liberdade e independência, secundando de forma digna e corajosa as nossas reivindicações. Apesar da distância e das suas prprias limitações, Portugal tem sido um dos nossos parceiros de desenvolvimento mais generosos. Aliás um estudo da PNUD no qual se avalia a qualidade de ajuda externa dos países ricos para os países pobres, Portugal surge em primero plano como o país cuja ajuda externa mais directamente beneficia os países recipentes de sua ajuda.

Saramago sobre Grass

"Surpreendeu-me a violência das reacções. Ele tinha 17 anos. E o resto da vida, não conta? Parece-me que muita gente que não consulta a sua própria consciência teve uma reacção hipócrita. Anda muita gente à procura dos pés de barro das pessoas influentes. Lembra-me o sujeito que seguia um circo de cidade em cidade. Um dia, perguntaram-lhe: "Porque é que anda atrás deste circo?" "Porque quero ver quando é que o trapezista cai e morre." in DN

Fotografias da Costa Nova do Prado

Costa Nova do Prado, Ílhavo, Portugal
(Fotografia de Ângelo Eduardo Ferreira, 2006)

20.8.06

Boas notícias para Timor

19:12 20 AGO 06 País
Português lidera missão em Timor (no Expresso)

Comissário da PSP vai comandar reactivação da polícia no país

O comissário da PSP Antero Lopes, ao serviço das Nações Unidas, vai liderar o processo de reactivação da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), que se desagregou na guerra civil deste ano. O primeiro-ministro, José Ramos-Horta, anunciou que o polícia português será um dos principais responsáveis pela criação de um novo ambiente de segurança no país.

A "reactivação" da PNTL "ficará sob a responsabilidade do ministro do Interior e do comissário Antero Lopes da ONU", informou Ramos-Horta.

O primeiro-ministro timorense referiu que Antero Lopes tem a "total confiança das autoridades de Timor-Leste" e definiu o comissário português como um "profissional competente e dos melhores ao serviço das Nações Unidas".

Antero Lopes, de 38 anos, foi o primeiro português a trabalhar no Departamento de Operações de Paz das Nações Unidas. Esteve já na Bósnia, é um veterano de Timor onde participou na formação da primeira força de polícia depois da independência.

Depois da missão em Timor-Leste, Antero Lopes passou a integrar o Departamento de Operações de Manutenção de Paz da ONU, em Nova Iorque.

Com Lusa
SIC

15.8.06

Amanhecer

Amanhece-se assim, absorto no tempo e na paisagem. Olha-se para dentro, os pensamentos precipitam-se sem coerência, sem organização, e há uma ansiedade difusa e perturbadora, paralizante. Talvez o cérebro esteja a fazer a revisão ou a formatação, não percebo quase nada disso. Talvez um psico-info-mecânico me possa ajudar. Ou apenas o chamado de um bom livro, com música de fundo.

9.8.06

Grande fotografia!


Com a devida vénia à EEA.
~

E viva o João Vieira. O bronze também é bom! E viva o Nélson Évora, que sexto não é nada mau!

Portugal trata-o bem?

Bela música aquela com que Francis nos presenteia:

Mais uma com direito a recorde (Público)
Francis Obikwelu comemora a conquista da medalha de ouro dos 100m nos Campeonatos da Europa de Atletismo. O atleta português, que detém o recorde europeu da distância, estabeleceu hoje um novo recorde da competição. Também hoje, João Vieira conquistou a medalha de bronze nos 20 quilómetros marcha.
Foto: Jasper Juinen-AP

8.8.06

Há medos e medos

João Paulo Esperança Segunda-feira, Agosto 07, 2006
Ontem à noite estávamos na cama, no escuro, a ouvir os ecos de fritos e de ferros a bater uns nos outros ao longe, e a minha mulher começou a contar-me como o ruído dos metais a fazia lembrar do que aontecera na terra dela, Liquiçá, em 1999. Perante a aproximação das hordas dos assassinos pirómanos da milícia Besi Merah Putih, os habitantes batiam nos ferros que arranjassem ou nos postes de electricidade para tentar atrair socorro.Pensei no que seria crescer a sentir medo, senti um nó na garganta. Em 1999, em Portugal, eu era membro de associações de direitos humanos, de ONGs, de movimentos de solidariedade, e tinha muitos anos de convívio com a comunidade timorense aí exilada. No “Setembro Negro” estava em Bissau, num projecto de formação de professores, e quando ía à Guiné Telecom ver o meu e.mail tinha a caixa de correio cheia de mensagens de uma lista de discussão de timorenses de que era membro onde se cruzavam agora informações sobre o paradeiro de familiares de amigos meus da diáspora. Fulano tal foi morto, sicrano desapareceu mas a tia de tal disse que o viu a fugir para Dare, ou para Atambua, ou para uma valeta qualquer...Estava solidário e triste com as dores e a ansiedade dos meus amigos, mas não estava directamente implicado. Ontem, com a cabeça da minha mulher apoiada no meu ombro, perguntei-me como era possível tantos timorenses continuarem a arranjar coragem de recomeçar de novo depois de tantas vezes terem perdido tudo: casa, bens, entes queridos... Lembrei-me de como no nosso casamento, lá em Liquiçá, ela me apresentava às amigas da escola e depois de algumas delas se afastarem acrescentava “O pai dela foi morto em 99”.Um perfume suave emanava dos seus cabelos e continuou a falar, explicou-me que depois do massacre na Igreja se ficava agoniado com o cheiro a sangue quando ainda se estava longe do recinto.Perguntei-lhe se agora tinha medo como nessa altura. Respondeu-me que em 99 os polícias e militares eram indonésios, os pedidos de socorro eram inúteis, o medo era sem esperança, agora é diferente, agora há a GNR.

Fotografias da China


Palácio de Verão (Yiheyuan), em Pequim
(Liliana Gonçalves)

Esta fotografia foi tirada na enormíssima área do Palácio de Verão (Yiheyuan), em Pequim. Como se sabe, este palácio foi construído para a família imperial passar aí o Verão, levando dezenas de anos a ser concluído. Neste momento, alguns dos palácios estão em obras de remodelação, mas é muito agradável passear no parque, à volta dos lagos!

Liliana Gonçalves
~
O Pantalassa agradece muito à Prof. Liliana Gonçalves a gentileza desta fotografia, que muito vem enriquecer este lugar! É uma alegria enorme poder contar com a participação de alguém a partir de Pequim. Muito obrigado!

7.8.06

Escultura

S/ nome. Mármore. Paulo Renato (escultor autodidacta)

6.8.06

Frases nas Paredes da Cidade Imaginária

"Novos suportes, velhas literaturas"
(Fotografia de MRG in Torreão Sul. Com a devida autorização, que se agradece)

Magna Editora (divulgação)

Magna Editora

Reconhecendo claramente a importância dos blogues enquanto meio de comunicação global, a Magna Editora vem, numa atitude pioneira, apresentar-se à blogosfera.
A apresentação pública de uma editora recém-criada, parece pedir um motivo que justifique essa criação. Existe apenas um forte motivo para a criação da
Magna Editora: o gosto pela literatura.
A aposta em novos autores ocupa um espaço privilegiado na nossa actividade. No entanto, concentramo-nos também na edição de obras ímpares da literatura universal, assim como na edição de autores estrangeiros não traduzidos para a língua portuguesa. Assim, queremos destacar-nos no panorama literário nacional pela irreverência, ousadia e qualidade das nossas edições.
Convidamo-lo a descobrir-nos no nosso
site ou numa qualquer livraria. Queremos que cada um dos nossos livros seja um desafio para si. O nosso desafio, é merecer que os nossos livros façam parte da sua vida.

Emanuel Vitorino
(Editor da Magna Editora)

João Vasco

5 de Agosto - um dia especial

4.8.06

Fotografia de Natureza

África? Parque Douro Internacional
(Fotografia de Ângelo Eduardo Ferreira)

Sobre a escolha da língua portuguesa (em Timor)

Comentário de leitores do blog Timor Online:
Dos leitores:Nos nao somos lideres mas somos Timorenses e vivemos ja alguns bons anos para conhecermos o suficiente a Historia recente de Timor. Apos o 25 de Abril de 74 em Portugal, surgiram em Timor quatro Partidos ou Assossiacoes Politicas, como quiserem. Sao eles, por ordem cronologica, a UDT, a ASDT que se transformou em FRETILIN, a Apodeti e o Partido Trabalhista. Revendo os seus Estatutos e Programas Politicos, todos eles defendiam a manutencao da lingua portuguesa num futuro Timor separado de Portugal, incluindo a Apodeti que preconizava a integracao de Timor na Indonesia. Durante a ocupacao Indonesia, a Resistencia em todos os seus ducumentos oficiais, escritos, audios e audiovisuais, eram produzidos em Portugues e em Tetum. A Alfabetizacao que se fazia no mato era feita nessas duas linguas. Nas zonas ocupadas a Indonesia proibia o ensino do Portugues, lingua que era tambem proibida de ser falada. A unica escola que se ensinava o portugues era o Internato de S. Jose, pertencente a Igreja Catolica foi violentamente fechada. A introducao do Bahasa Indonesio foi forcada. Lembro que muitos jovens Timorenses eram recrutados e sobretudo os filhos daqueles que mais beneficiavam da presenca dos javaneses, para estudarem na Indonesia. Muitos deles, apos 6-18 meses de curso regressavam a Timor, ja \'nao sabiam\' falar o Tetum: ai-dila funan, ja diziam aidjila funang! Era In na altura comportar-se assim, pois ir a Indonesia era adquirir um outro estatuto. Este estatuto significava tambem deixar de comer com faca e garfo ou faca e colher, para comerem com os dedos! Outra das novidades adquiridas era descalcarem os sapos sempre que se sentam numa cadeira ou sofa com os pes em cima delas! Era uma maneira de serem iguais... aos indonesios.Lembro-me de um episodio que se passava na festa de um casamento em Dili ainda durante a ocupacao. O anfitriao era o actual Embaixador da Indonesia em Portugal, Francisco Lopes da Cruz. O Bispo de Dili de entao D. Carlos Filipe Ximenes Belo foi tambem convidado. Estiveram igualmente presentes altas figuras civis e militares do regime de Suharto. Depois do anfitriao botar o seu discurso, todo ele feito em Bahasa asli, o mesmo solicitou ao Bispo Belo que dissesse umas palavras em saudacao aos recem casados. Contrariando as tendencias… o Bispo Belo falou em Tetum e rezou em Portugues!Mas voltemos as linguas... No Congresso Nacional Timorense realizado em Peniche, Portugal, em 1998, foi adoptada Uma Carta Magna, e nela se defendia claramente o Portugues e o Tetum como linguas Oificiais para Timor-Leste. Participava nesse Congresso todas as componentes da Resistencia Timorense, incluindo a Igreja Catolica. Reflectindo a Magna Carta, a Constituicao da RDTL voltou a consagrar as duas linguas, a Portuguesa e a Tetum como linguas oficiais de Timor-Leste. Felizmente com a reintroducao da Lingua Portuguesa em Timor-Leste e com a massificacao do ensino, ja sao dezenas de milhares os jovens e criancas Timorenses que comecam a falar a lingua portuguesa. Sabemos e estamos conscientes que eh um processo longo , dificil, com muitos entraves e ate boicotes, mas ja esta a dar os primeiros frutos. O esforco de centenas de professores portugueses, brasileiros e timorenses nao esta sendo em vao.

2.8.06

Cidade de São Paulo


Ainda a propósito da fundação da Cidade de S. Paulo, fica aqui um excerto da sua história que refere o Padre Manuel de Paiva:
"Portanto, das mãos de João Ramalho (foto à direita abaixo) e do padre Manoel da Nóbrega, São Paulo nasceu numa pequena cabana coberta por sapé, cujo comprimento era de 14 passos e dez de largura, no alto de uma colina. Servia de escola, dormitório, refeitório, enfermaria, cozinha e dispensa, conforme relato do próprio padre Anchieta. Diretor da Companhia de Jesus no Brasil, Nóbrega foi quem determinou o­nde seria construído o colégio e, sendo devoto do Apóstolo Paulo, também escolheu o dia deste santo para fundar oficialmente São Paulo de Piratininga. A data foi marcada pela celebração de uma missa em frente à cabana, rezada pelo padre Manuel de Paiva."
Poderão ler mais aqui.

1.8.06

Cidade de São Paulo

Avenida Padre Manuel de Paiva (1510-1584)
Um dos fundadores da Cidade de S. Paulo (Brasil)
Homenagem dos seus conterrâneos (13-08-1966)

Na terra natal da minha mãe, Aguada de Baixo, Concelho de Águeda, Portugal, há esta placa toponímica que muito me orgulha. É esta felicidade de saber que somos irmãos, portugueses e brasileiros, e que estamos ligados. Um abraço do tamanho do Mundo aos nossos irmãos brasileiros!

Sem tempo

O tempo anda curto para o blog. Não, não estou de férias. Talvez alguns dos membros estejam... Estão? Onde estão?
Fica um abraço a quem ainda, mesmo assim, se digna aparecer por aqui.
Prometemos ser breves.